sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Amizade... Por que esta palavra parece tão errada agora?
O que sinto por você não pode ser jogado fora
Mas o que devo fazer para você me notar?
E principalmente, o que é necessário para você me amar?

                                     *  *  * 

Como você pode estar tão perto e ainda assim tão distante?
Como consegue me tirar a razão com um simples sorriso?
Eu penso em você a todo instante!
Mas porquê?
Talvez as coisas do coração simplesmente não possam ser controladas
E sempre acabam nos fazendo sofrer.
E o mais estranho é que é tão bom de se sentir.

                                    *  *  *

Como consegue me enlouquecer com apenas um sorriso?
Como me faz escapar do mundo com apenas um olhar?
Porque você é o único que me faz acreditar
Que no mundo ainda existe amor?
Não sei se existe uma razão
Mas com um simples "olá" você ganhou meu coração.

Poemas

Agora descobri que tudo era uma ilusão
Mas o que posso fazer?
Você roubou meu coração
E agora não sei mais viver sem você.

                                         *   *   *

E eu gostaria de pode te encontrar só mais uma vez
Dizer que te amo
Mas agora você se foi e sei que é muito tarde
Não importa, eu ainda o chamo
Lembrando de você à noite
Quando a solidão me domina
Buscando pelo único que me anima.

                                         *   *   *

E agora que estou nesse meu mundo projetado
Tentando escapar das sombras lá de fora
Mas elas ainda invadem esse lado
E por mais que eu esteja cansada de fugir
Não acho que teria forças para enfrentar
Esses sentimentos que me dominam e tentam me impedir
Mas mesmo assim não penso em parar.



terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Cristo e a Fé

Joandre Oliveira Melo



Cravado no alto da serra,
A alterosa estátua do Nazareno. Braços abertos sobre a cidade,
Parece querer abraçar nossa terra.
Busca tanger com as pontas dos dedos cada extremidade.

Em relevo o coração salta do peito.
Quis o corpo branco pela cal,
Tingindo-o como o mais algodoal.
Concreção da fé de um povo: devoção e respeito.

É homem, é Deus, é o filho de Maria.
Teu vulto ergue-se por sobre as cabeças dos Pará-Minenses, silenciosamente.
Pousa teu olhar pela outrora pradaria,
Que agora é berço do progresso de nossa gente.

Brava gente, por estas bandas, labora com afinco.
Muitos outros filhos teus, aguardam o volver de teu olhar, além dos arrabaldes da nossa cidade.
Suplicamos, pois, ó Cristo justo, não desvia do Pará o teu olhar cheio de bondade.
Também não esqueça os pobres citadinos, artesãos de tão belo obelisco.

Mova teus olhos divinos,
Aos homens, mulheres e crianças que essa terra gerou.
E, Tu, no alto do morro, a cada um abençoou

sábado, 24 de agosto de 2013

Viajar pela leitura

Clarice Pacheco

Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça 
na imaginação!

domingo, 18 de agosto de 2013

Cortar o tempo

Carlos Drummond de Andrade

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente

domingo, 28 de abril de 2013

Eu é que pergunto para a caneta

Gabriel O Pensador 
Minha alma quando escreve
Tem a consciência leve
A caneta não faz greve
A caneta é que me leva

Ao planeta mais distante
A luneta mais possante
Malagueta mais picante
É a caneta quando escreve

Feito nave me transporta
Vira chave, abre a porta
Cerra grade, quebra, entorta
Sua tinta me liberta.

sábado, 30 de março de 2013

O Relógio


Cassiano Ricardo
Diante de coisa tão doida
Conservemo-nos serenos

Cada minuto da vida
Nunca é mais,é sempre menos

Ser é apenas uma face
Do não ser,e não do ser

Desde o instante em que se nasce
Já se começa a morrer

sexta-feira, 22 de março de 2013

Ismália


Alphonsus de Guimaraens
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...